Depois de algumas mudanças de formação entre os anos de 1969 e 1972, o Yes, enfim, encontrou a formção ideal: Jon Anderson (voz, violão, percussão), Chris Squire (Baixo), Steve Howe (Guitarra), Richard Wakeman (Teclados) e Bill Bruford (Bateria). No começo de 72 já haviam lançado um disco de grande sucesso comercial "Fragile", mas entre um show e outro a banda se enfurnava no estúdio e começava a trabalhar em músicas novas. A idéia era de construir uma obra conceitual. No estúdio, a banda ensaiava e criava trechos musicais que iam sendo colados e o vocalista, Jon Anderson, adaptava a música as suas letras (muito do que escreveu foi inpirado pela leitura do livro "Sidharta" de Herman Hesse). A letra busca a plenitude espiritual, e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena. Assim surgiu o "close to the edge". A obsessão pela perfeição musical passou a ser o tom da banda com o início das gravações. E isso foi um dos motivos para a saída do baterista Bill Bruford. A música que dá nome ao disco é uma obra de 18 minutos divida em 04 partes que se inicia e termina da mesma forma - sons de pássaros, água e vento. Inicia com uma cacofonia, uma complexa harmonia com os instrumentos soando independentes, passa pela calmaria dos trechos guiados pelo tecladista Richard Wakeman e termina com o grupo executando frases musicais intricadas e d grande complexidade. A música não é só técnica. Ela é o canal para que a mensagem, o conceito estético, seja completamente entendido pelo ouvinte. A música seguinte, "And you and I", também é dividida em 04 partes. No entanto, ela é calcada nos violões de Howe e nos climas do mellotron/minimoog de Richard Wakeman. Por fim, temos "Siberian khatru" que apesar de não possuir divisões, como as duas canções anteriores, contém várias melodias e a polirritmia conduz música.
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